Sempre quis “tirar o Bordado Madeira das gavetas” e colocá-lo na vida corrente das pessoas. Usar apenas para decoração de mesas de festas ou em pequenos adornos de roupas era um desperdício. Ele merecia mais exposição. Ganhar vida de alguma forma. Provocar os sentidos. Ser mais e fazer sentir mais!
Como produto que identifica a Ilha, ele é reconhecido mundialmente, mas tem sido trabalhado essencialmente na esfera do artesanato. E eu queria valorizá-lo. Arrancar-lhe mais sentido. Levá-lo para fora das gavetas.
E assim fiz. Juntei-lhe metais nobres, como a prata, que lhe evidenciam a importância, e transformei-os em peças de adorno de mulheres e crianças de uma nova geração, que procura o que é belo e valoriza a inovação em coisas genuínas.
O Bordado tinha já um estatuto, mas evoluíra muito pouco. Foi inspiração para a moda onde foi aplicado em peças de vestuário, apareceram desenhos mais estilizados e geométricos, mas não passou disso. E o uso do bordado agrada apenas a uma fatia da população quanto ao seu uso. Muito embora possa ser adquirido como recordação da passagem pela ilha, a tendência é para ficar fechado numa gaveta porque não se adapta à cultura e hábitos de muitos.
Com a MUDAME espero conseguir transmitir esse novo olhar sobre a grande arte do Bordado Madeira, que é preciso preservar e atualizar.
I soon realized that my vocation would not be to reproduce that art of my great-grandmother, grandmother and aunts.
The creative process was speaking louder and it was there that I would like to be.
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