Outubro, querido Outubro!
É como se o ano tivesse dois começos, um em janeiro e outro agora.
Saímos do mar, vestimos o corpo e voltamos para casa.
É um começo cheio de vontade de agarrar o que vem aí de novo, com os sonhos frescos, ainda com cheiro a mar dos mergulhos profundos de Agosto.
As novidades estão a chegar!
Mudame Jóias inspiradas no Bordado Madeira
Créditos de imagem: @sarinhavieirac no instagram Foto tirada no Seixal, Ilha da Madeira por @maguifaria18
O Acessório It da nova estação é no mínimo irreverente.
Chama-se Bodychain e enrola-se no corpo.
Não tem regras, pode ser usado por cima ou por baixo da roupa.
Aconselho uma conjugação de roupa e bodychain sofisticada.
Os meus preferidos são os que adornam as costas num decote acentuado ou os ombros com um top de alças finas.
Atreva-se.
Sempre quis “tirar o Bordado Madeira das gavetas” e colocá-lo na vida corrente das pessoas. Usar apenas para decoração de mesas de festas ou em pequenos adornos de roupas era um desperdício. Ele merecia mais exposição. Ganhar vida de alguma forma. Provocar os sentidos. Ser mais e fazer sentir mais!
Como produto que identifica a Ilha, ele é reconhecido mundialmente, mas tem sido trabalhado essencialmente na esfera do artesanato. E eu queria valorizá-lo. Arrancar-lhe mais sentido. Levá-lo para fora das gavetas.
E assim fiz. Juntei-lhe metais nobres, como a prata, que lhe evidenciam a importância, e transformei-os em peças de adorno de mulheres e crianças de uma nova geração, que procura o que é belo e valoriza a inovação em coisas genuínas.
O Bordado tinha já um estatuto, mas evoluíra muito pouco. Foi inspiração para a moda onde foi aplicado em peças de vestuário, apareceram desenhos mais estilizados e geométricos, mas não passou disso. E o uso do bordado agrada apenas a uma fatia da população quanto ao seu uso. Muito embora possa ser adquirido como recordação da passagem pela ilha, a tendência é para ficar fechado numa gaveta porque não se adapta à cultura e hábitos de muitos.
Com a MUDAME espero conseguir transmitir esse novo olhar sobre a grande arte do Bordado Madeira, que é preciso preservar e atualizar.
Cedo percebi que a minha vocação não seria reproduzir aquela arte das minhas bisavós, avós e tias. O processo criativo falava mais alto e era aí que gostava de estar. Fazia desenhos e imaginava tanto para Bordar como para fazer roupas, já que a minha mãe era costureira. Queria fazer aquilo que não era normal e pré-definido. Muitas vezes este meu estado inquieto face às coisas, tornava-se um incómodo. À primeira tentativa tudo me era recusado, mas a teimosia fazia persistir a minha ideia e lá me faziam a vontade, alterando moldes e desenhos. Quase sempre o meu resultado era elogiado.
Alguns chamam-lhe bicho carpinteiro. Eu chamo-lhe sede de mudar e de provocar mudança à minha volta.
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Cedo percebi que a minha vocação não seria reproduzir aquela arte das minhas bisavós, avós e tias.
O processo criativo falava mais alto e era aí que gostava de estar.
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